Israel com Aline
Há alguns meses – ou talvez tenha sido até mesmo no ano passado (aliás, que dia é hoje?), não sei ao certo – encontrei um vídeo do canal da Aline passeando pelo meu feed no Youtube. Provavelmente ele estava lá pelas graças do algoritmo que, nessas alturas, bem conhece meu gosto pela pesquisa sobre civilizações antigas. Não lembro qual era o assunto, mas fiquei curiosa com o título – que também não lembro qual era – e cliquei para ver o que aquela mulher, que falava a mesma língua nativa que eu, tinha para dizer. Lembro que achei interessante, mas como não era relevante ao que estava pesquisando na época, deixei de lado.
Dia desses – que pode ter sido há alguns meses, também não sei ao certo (o tempo é uma coisa muito relativa para mim e parece passar de um jeito diferente que passa para o resto do mundo) -, enquanto fazia uma pesquisa sobre o povo hebreu, mais um vídeo dela apareceu. Dessa vez, o tema era relevante e prestei mais atenção. Prestei tanta atenção que me peguei fazendo uma maratona no canal dela e descobrindo uma excelente fonte de informações sobre temas religiosos, culturais e arqueológicos daquele lugar fascinante chamado de Israel.
Aline vive em Israel. Ela é brasileira, judia e trabalha como guia turística. No momento, o canal dela no Youtube – Israel com Aline – tem mais de 1 milhão inscritos e conta com uma variedade de vídeos incríveis para os amantes da história antiga – assim como dos viajantes de sofá que adoram um bom passeio virtual.
Como disse, Aline é judia. Isso pode não ter muita relevância em relação ao trabalho dela como guia, visto que ela trata todas as religiões com impecável respeito em seus vídeos. Mas, para mim, tem relevância. Afinal, Aline tem sido minha porta de entrada para os costumes de um povo que até pouco tempo eu não suspeitava que fazia parte da minha história. Mas graças aos avanços da ciência, um teste de ancestralidade genético revelou minhas raízes judaicas, escondidas ao longo dos anos na história perdida da minha família.
De qualquer jeito, aprendi mais em 10 minutos de vídeo sobre a linhagem de Abraão com a Aline do que lendo a Bíblia – o que considero um avanço significativo e de extremo valor (nem meu excelente professor de Cultura Religiosa conseguiu tal façanha durante um semestre inteiro na faculdade).