Gone With the Wynns
“E se, em vez de viajar de van, eu viajasse de barco?”, divagou minha imaginação. “Sim, sim… eu consigo ver… Uma versão moderna de uma pirata boêmia, em um barco com velas roxas (ou pretas) chamado Bruxa do Mar.”
E, desde então, entrei num vórtex sem fim viciante em que todos os dias preciso assistir, pelo menos, um videozinho sobre o assunto.
Na verdade, viajar por aí em um barco não é assim uma super novidade para mim. Isso já passou pela minha cabeça inúmeras vezes ao longo da minha vida, mas sempre pareceu algo muito distante da minha realidade. Transformar uma van numa casa, sem problemas. Agora, fazer isso em um barco…
Foi nesse vórtex que conheci o canal Gone With the Wynns, um casal que há uns dez anos vendeu tudo que tinha e foi morar em um motorhome, e que em 2016 trocou o motorhome pela vida de velejadores e nunca mais olharam para trás.
Se bem me lembro, acho que encontrei o canal deles depois de me convencer que esse estilo de vida era plausível e queria saber se alguém por aí andava velejando com gatos a bordo.
Eis que aparecem Nikki, Jason, Cleo e Singa.
Pronto. Tudo que eu precisava para ter certeza de que viver em um barco com os meus gatos era o estilo de vida que o meu coração boêmio procurava (pelo menos, durante a temporada mais quente – ou sempre que bater a louca).
Verdade seja dita, não entendo nada de barcos. Mas tenho consciência de que manter um barco sob a água exige trabalho constante. Ainda assim, não desanimei. Eu amo o mar, eu amo o verão, eu amo a ideia de cada semana acordar em um porto diferente, eu amo conhecer culturas novas, eu amo desbravar lugares desconhecidos e só de pensar na possibilidade de ancorar em ilhas desertas faz meu coração chorar de alegria.
Então, sim, comprar um barco virou uma possibilidade. Afinal, é sempre bom manter o leque de opções aberto.
Agora, voltando ao assunto “não entendo nada de barcos” e que parece bem desencorajador… A Nikki e o Jason também não sabiam lhufas sobre velejar quando compraram o barco deles, mas aprenderam ao longo da jornada e fizeram questão de documentar tudo. E quando eu digo tudo, é tudo mesmo – o bom, o ruim e o mais ou menos. No canal deles, e também no blog, eles relatam o máximo possível sobre essa grande aventura que chamam de “Vida” e como foi que aprenderam tudo que sabem hoje sobre velejar (e, na minha modesta e leiga opinião, eles se tornaram mestres no assunto).